Drácula está voltando para casa entristecido, com o corpo de seu pai em seus braços. A morte de seu pai já lhe causara tristeza imensa, mas quando ele se aproxima, o rosto do servo que vem lhe dar a notícia não é nada alegre:
_Senhor, ela estava com seus filhos no lago, as crianças estão bem, mas ela foi atacada por um animal. _ Diz o servo. Drácula observa, fecha a cara, e corre até o local onde está o corpo de Elizabeth. _ Meu grande amor! Razão da minha vida. Não! _Grita o rei da Transilvânia.
Irado e inconsolável, Drácula rasga sua roupa, pranteia e no ápice de sua dor, ele quebra seu crucifixo com a letra “t” no peito e lança em terra, longe de si:
_Durante toda minha vida eu sofri! Durante toda minha vida eu busquei me dedicar a te servir. Fui fiel ao santo padre, aos santos e igreja mãe e ao Deus do Céu. Me vali de fidelidade a santíssima trindade e o que eu ganho? Meu pai? Minha amada, Elizabeth? Você os tirou de mim! Eu busquei a paz, esse foi meu erro? Eu abandonei a vingança e a crueldade e o meu galardão é esse? É isso Deus? Então hoje, você passa a ter um inimigo. Se os muçulmanos são rebeldes a Igreja, eu serei muito mais! Se Lúcifer se rebelou no céu, eu me rebelo na Terra! Se o santo Padre é a representação de Cristo! Eu serei a oposição e a rebelião. Pois busquei a fidelidade e recebi o mal! _Clama em sua ira, o Lord da Transilvânia.
Irado, Drácula se levanta e pergunta a um de seus servos:
_Onde estava você que não a protegeu?
_Eu? Eu…. _tenta dizer o servo, que sem uma resposta convincente, recebe a espada de Drácula em seu peito.
_É dever de todo servo proteger o seu senhor! É dever de todo guarda proteger os amados de seu senhor! _Brada Drácula que percebendo que todos falharam, repete a cena a cada um dos servos mais próximos, obrigando parte deles a fugir de sua presença, os que não fogem, morrem empalados pelo voyvoda, obstinado e dominado por sua ira.
Em menos de uma hora, Drácula mata mais de trinta dos seus guardas e só para quando um de seus aliados do agrupamento que o acompanhou na expedição à caverna, clama por misericórdia.
_ Por favor, Lord Tepes, por favor, eu lhe fui fiel a vida inteira! Me poupe! _ Clama o servo.
Após o clamor de seu servo, ele para e decide não o matar.
Depois disso, ele ordena que os familiares dos homens mortos tenham um sepultamento digno de nobre junto a sua esposa e seu pai.
_ Eles deveriam protegê-los, tiveram o mesmo destino de minha amada e de meu pai.